quinta-feira, 2 de abril de 2009

História com "H" - VIII


Hans Christian Andersen nasceu em Odense, Dinamarca, em 2 de abril de 1805. Filho de um sapateiro de vinte e dois anos, instruído mas de saúde fraca, e de uma lavadeira vários anos mais velha, teve dificuldades para se educar, mas os seus ensaios poéticos e o conto "Criança Moribunda" garantiram-lhe um lugar no Instituto de Copenhague. O pai fomentou-lhe a imaginação e a criatividade, contando-lhe histórias e, mesmo, fabricando-lhe um teatrinho de marionetes. Hans apresentava no seu teatro peças clássicas, tendo chegado a memorizar muitas peças de Shakespeare, que encenava com seus brinquedos. Em 1816, seu pai morreu e ele, com apenas onze anos de idade, foi obrigado a abandonar a escola. Três anos depois, Andersen saiu de casa e foi para Copenhague, capital da Dinamarca, com o objetivo de se tornar um cantor de ópera. Logo suas atitudes diferentes o isolaram como um lunático. Apesar da sua voz lhe ter falhado, foi admitido no Teatro Real pelo seu diretor, Jonas Collin, de quem se tinha aproximado e que seria seu amigo para o resto da vida. Andersen trabalhou no teatro como ator e bailarino, além de escrever algumas peças.

Em 1828, apesar da sua aversão aos estudos, foi admitido na Universidade de Copenhague. No ano seguinte, quando os seus amigos já consideravam que nada de bom resultaria da sua excentricidade, obteve considerável sucesso com "Um passeio desde o canal de Holmen até à ponta leste da ilha de Amager", e acabou por alcançar reconhecimento internacional em 1835, quando lançou o romance "O Improvisador", na sequência de viagens que o tinham levado a Roma, depois de passar por vários países da Europa. Contudo, apesar de ter escrito diversos romances adultos, livros de poesia e relatos de viagens, foram os contos de fadas que tornaram Hans Christian Andersen famoso. Especialmente pelo fato de que, até então, eram muito raros livros voltados especificamente para crianças. Ele foi, segundo estudiosos, a "primeira voz autenticamente romântica a contar histórias para as crianças" e buscava sempre passar padrões de comportamento que deveriam ser adotados pela nova sociedade que se organizava, inclusive apontando os confrontos entre "poderosos" e "desprotegidos", "fortes" e "fracos", "exploradores" e "explorados". Ele também pretendia demonstrar a idéia de que todos os homens deveriam ter direitos iguais. Muitos dizem que seu conto infantil mais conhecido, O Patinho Feio, foi escrito baseado em vários episódios de sua própria vida em Copenhague.

Ele continuou escrevendo seus contos infantis até 1872, chegando à marca de 156 histórias.No final desse mesmo ano, Andersen ficou gravemente ferido ao cair da sua própria cama, e permaneceu com a saúde abalada até 4 de agosto de 1875, quando faleceu, em Copenhague, onde foi enterrado.


H (The Ugly Little Duckling)

Um comentário:

The Owl disse...

Já percebeu que várias pessoas brilhantes têm em comum o fato de odiarem os estudos? *pensativa*